Quilômetros após passar pelas Cataratas do Iguaçu, o Rio Iguaçu deságua no Rio Paraná na região da tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Por questões como temperatura, densidade e fluxo, ao se encontrarem, as águas geram um contraste de cores que tem chamado a atenção.
Especialistas afirmam que o fenômeno é conhecido como “confluência de águas” e ocorre devido às diferenças nas características das águas. Veja outros detalhes do fenômeno mais abaixo.
Enquanto o Rio Paraná (água de tom esverdeado) está com o volume do leito dentro da normalidade, o Rio Iguaçu (água de tom marrom) apresenta, desde o fim de semana passada, um aumento no fluxo devido às chuvas que atingem o Sul do país ao longo do leito do rio, principalmente no sudoeste do Paraná.
O Rio Iguaçu, que banha as Cataratas do Iguaçu, nasce na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e segue no sentido leste oeste no estado do Paraná. Cerca de 20 km após passar pelas quedas, o Rio Iguaçu deságua no Rio Paraná.
O Rio Paraná, que é represado pela usina de Itaipu, nasce na região do triângulo mineiro e faz fronteira natural entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, até chegar na região da tríplice fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai. Após passar pela usina, o leito do rio Paraná é encontrado pelo Rio Iguaçu e segue sentido Paraguai.
A “separação” estre as águas dos rios ocorre, segundo especialistas, porque o Rio Iguaçu (com cor marrom) é mais frio e menos denso do que o Rio Paraná (mais esverdeado), o que cria uma barreira física que dificulta a mistura imediata.
Os especialistas afirmam, no entanto, que nem sempre é possível ver com clareza a divisão, como por exemplo, em épocas de cheias ou inundações, quando os rios podem se misturar mais facilmente, devido ao aumento repentino do nível, superando assim as diferenças de densidade e temperatura.
Neste caso dos rios Iguaçu e Paraná, a diferença das cores fica ainda mais evidente, por conta da quantidade de sedimentos no Rio Iguaçu que está com fluxo mais intenso.