A ponte que passa sobre o rio Tocantins, em Marabá (PA), virou o centro das atenções nos últimos dias, após ser a local em que os fugitivos de Mossoró foram recapturados durante uma operação da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Na quinta-feira (4), Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foram presos com mais quatro homens, 50 dias depois da fuga da penitenciária de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, a 1.600 km de distância da cidade onde foram capturados. O grupo viajava em três carros e a PF chegou a bater em um dos veículos para pará-lo.
A interceptação de Deibson foi feita no acesso à ponte, enquanto Rogério foi preso já em cima da ponte, que ficou conhecida por ter o tráfego inglês, ou seja, com as mãos invertidas.
Além de ter as duas faixas de rolamento “ao contrário”, a via é de trânsito misto, com uma ferrovia que passa entre essas duas faixas.
O engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) responsável pela região de Marabá, Jairo Rabelo, contou ainda que o uso das faixas “invertidas” também supriram questões mais técnicas que evitaram desapropriações na área, mudança na rota ferroviária, e impactos desastrosos que poderiam ser causados nas épocas de cheia do rio Tocantins.
Atualmente, a empresa responsável pela ponte e manutenções na estrutura é a Vale, que tem a concessão da estrada de ferro Carajás, da qual a ponte rodoferroviária faz parte.
Interceptação dos fugitivos na ponte
Sobre a operação contra Rogério e Deibson, o diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, disse que a ação realizada na ponte foi estratégica para evitar áreas de escape e reação.